A POESIA É UMA ARTE RIDICULA.

A poesia é uma arte ridícula: está reduzida ao ridículo. Os seus poetas são ridículos, mas pessoas de bem, de bem fazer o ridículo. Ainda mais ridícula do que a poesia e os poetas ridículos são os leitores de poesia que se maravilham com o ridículo, ao ridículo de não distinguirem entre os poetas ridículos e os críticos de poesia que são os grandes fazedores, os máximos fazedores de poesia ridícula. Abram um livro e percebem logo o perfil ridículo do editor de poesia ridícula, e, percebem logo, de imediato, que não existe limite no ridículo. Depois os galardões dos poetas ridículos são invejados por outros poetas ridículos. Depois o despeito, ridículo, engorda as contendas ridículas sobre a poesia ridícula. Depois os mais ridículos são mais aplaudidos que os menos ridículos, depois são amados ao exagero pelos seus leitores ridículos. Depois a poesia é uma arte ridícula, só para quem não sabe que, apenas, está reduzida ao ridículo. STOPOETRY.Se aprecias, gostas e não te importas: continua! Entra em qualquer livraria perto de ti e lambuza-te com os cachos sumarentos de poesia ridícula ( os poetitas são todos catitas, dizem todos belas coisas nas colunas culturais e até escrevem em revistas - da especialidade ridícula - e ganham prémios e são olharados, e discutem capelas) mas em cada livro só conseguem enfarpelar-nos de ridículo. Ah! Depois existem os editores que - à custa de uma certa iluminação ridícula - promovem os pacotes antologiziados de poemas favoritos, os, daqueles que nos transformaram num país de gagos!